As semelhanças entre o espanhol e o português são, ao mesmo tempo, uma vantagem e uma desvantagem para quem está aprendendo a língua espanhola. Por um lado as similaridades são um convite para o aprendizado mais rápido, por outro uma armadilha que pode levar qualquer um ao uso do portuñol.
Por isso, hoje vamos repassar 6 pontos fundamentais que vão impulsionar seu caminho para a fluência, aproveitando das vantagens de serem idiomas de origem comum, mas, ao mesmo tempo evitando as “pegadinhas”.
1. Atenção às exclamações e interrogações
Na escrita em espanhol, exclamações e interrogações não apenas pontuam o final da frase, mas também se anunciam logo no começo. Sim, estamos falando do ¡ e do ¿, esses sinais gráficos invertidos que dão um toque único à língua.
Há uma vantagem clara nesta forma de pontuar: quando você marca o início da pergunta ou da exclamação o processo de leitura é mais preciso, inclusive, quando em voz alta, para expressar corretamente o trecho, por meio do tom de voz.
Como fazer para digitar esses sinais gráficos?
No Windows:
ALT + 0161 para o ¡
ALT + 0191 para o ¿
No Mac:
OPTION + 1 para o ¡
SHIFT + OPTION + / para o ¿
2. Lembre-se de que não utilizamos LH, NH e SS em espanhol
Na língua espanhola encontramos alguns sons que, para os ouvidos de quem fala português, realmente soam bastante distintos. Apesar de lembrarem os nossos LH, NH e SS, não geram, automaticamente, uma substituição, pura e simples.
LL em vez de LH
A pronúncia do LL pode variar conforme cada país, mas se você escolheu a pronúncia de um país em que ele se assemelha ao "LH" presente no português, preste atenção redobrada quando estiver escrevendo.
Veja alguns exemplos:
Caballo, lluvia, calle, belleza, lleno
Cavalo, chuva, rua, beleza, cheio
Ñ em vez de NH
O Ñ surge em palavras como bañera e niñera (babá) e, este sim, pode-se dizer que é “parente próximo” do nosso “NH”.
Empeño, cariño, compañía, señal, niño
Empenho, carinho, companhia, sinal, criança
Apenas 1 S em vez de SS
O som de "S assoprado", que em português geralmente aparece representado por SS no meio das palavras, é sempre representado por um único S. Por isso, preste bastante atenção a esse detalhe quando estiver escrevendo.
Exemplos:
Profesor, expresión, posibilidad, misión, necesario
Professor, expressão, possibilidade, missão, necessário
3. Acentuação
Em espanhol, temos apenas dois tipos de acentos: a tilde (acento agudo) e a diéresis (trema). Para o estudante da língua, alguns pontos podem ser destacados:
Pronomes Interrogativos e Exclamativos
Ao nos depararmos com pronomes interrogativos e exclamativos, como qué, cómo, cuándo, cuál e cuánto, lembre-se de acentuá-los!
Atenção às Tildes Diacríticas
No espanhol, para evitar mal-entendidos, usamos las tildes diacríticas, ou acentos diferenciais, que distinguem palavras que, à primeira vista, parecem idênticas.
Exemplos:
El (o) é diferente de él (ele);
Te (te) é diferente de té (chá);
Tu (teu, tua) é diferente de tú (tu, você).
Diéresis (Trema)
Chamado de diéresis, esse sinal gráfico tem um papel reservado exclusivamente para as combinações "güe" e "güi". Ele indica que o "u" deve ser pronunciado individualmente, em vez de formar um dígrafo com a letra subsequente.
Exemplos:
Bilingüe, pingüino, ambigüedad, lingüísta, vergüenza
Bilíngue, pinguim, ambiguidade, linguista, vergonha
4. Contrações DEL e AL
As contrações de preposição + artigo DEL e AL são as únicas que ocorrem em espanhol. Entender como usá-las corretamente é essencial para uma expressão fluente.
DEL (de + el)
A contração DEL combina de com o artigo masculino el. Tome cuidado para não escrever nem do, nem de lo.
Exemplos:
La tarjeta del hombre.
O cartão do homem.
El lápiz del niño.
O lápis do menino.
AL (a + el)
A contração AL faz o mesmo, juntando a com o artigo el. Tome cuidado para não escrever nem ao, nem a lo.
Exemplos:
Voy al parque.
Vou ao parque.
Él regresó al trabajo.
Ele voltou ao trabalho.
5. Leia muito
Não há melhor forma de treinar a grafia do espanhol do que com a leitura. O treinamento em línguas estrangeiras sempre é beneficiado por esse tipo de atividade, porque nos “acostumamos visualmente” às palavras e, com isso, quando em processo de escrita, nossa memória já estará treinada para representar uma palavra por um determinado conjunto de sinais.
Nossa sugestão é começar sempre com textos mais curtos e com menor grau de complexidade. Isso porque, textos maiores, muito formais ou técnicos podem trazer um vocabulário com o qual você ainda não está acostumado.
Lembre que se você tiver a oportunidade de ler em voz alta, melhor ainda. Ao falarmos as palavras em voz alta, o processo de memorização será acelerado!
6. Pratique
Lembra que, quando você era pequeno, na escola, a professora pedia para você fazer cópias? Ao fazer uma cópia seu cérebro “fotografa” a palavra corretamente escrita e grava em sua memória.
Pegue trechos de músicas que você gosta ou citações de autores que agradam você. Além de ser uma forma de ampliar seu poder de argumentação em futuras discussões (visto que serão frases advindas de pessoas com muito talento e inteligência), você ainda vai, certamente, aperfeiçoar a sua escrita, tanto em termos ortográficos como gramaticais!
É importante não ter medo de errar. Quem não erra não aprende! Sempre que a gente se bloqueia por medo ou vergonha de errar acaba não dando o primeiro passo para desenvolver uma nova habilidade.
Até mesmo os falantes nativos da língua cometem erros! Por isso, o importante é ficar atento às suas falhas mais recorrentes, ter um bloquinho para anotar palavras e expressões que costumam gerar dúvidas e, de vez em quando, rever essas anotações.
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