O Día de los Muertos tem origem nos povos nativos da América (como os maias e astecas) e é festejado no dia 2 de novembro. Apesar da coincidência, ele não tem relação alguma com o Halloween ou o nosso Dia de Finados. Hoje em dia, a celebração mexicana é uma mescla das antigas tradições nativas com os costumes cristãos que chegaram no continente.
Você deve se questionar: como esse dia pode ter uma celebração tão alegre, né? Os povos mesoamericanos tinham uma relação diferente com o além e acreditavam que as almas daqueles que partiram retornavam ao nosso mundo para passar um tempo com seus familiares. No dia 1º de novembro, geralmente chamado de Día de los Inocentes, vêm as almas das crianças e no dia 2, as dos adultos. Todos são recebidos com danças, fantasias, comidas e bebidas!
As famílias enfeitam suas casas e preparam as comidas preferidas dos que morreram. Os altares elaborados também ganham destaque, já que algumas famílias não têm mais acesso ao túmulo da pessoa que faleceu (porque está em outra cidade, por exemplo). Assim, o altar de casa se torna o ponto de encontro deles.
Com representações dos 4 elementos (água, terra, fogo e ar), as pessoas enfeitam o lugar com frutos, velas, incenso e papel picado (que parece uma renda). Além de fotos, objetos da pessoa, comidas e bebidas preferidas, flores, sal e uma cruz (feita de cinza ou terra) para representar que o ente deve "retornar ao pó" - uma tradição cristã.
A ideia das roupas e fantasias de esqueleto é para tornar a visita mais confortável para os que morreram. Outro símbolo deste dia é La Catrina, aquela caveira toda desenhada que a gente conhece e que representa o esqueleto de uma dama da sociedade do início do século 20. Criada pelo artista José Guadalupe Posada, ela representava a igualdade das classes sociais diante da morte.
Além das casas e cemitérios, as ruas também recebem a celebração com muita festa e um festival de balões que ilumina os céus para guiar o caminho dos mortos!